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Igreja e política

 


Infelizmente, tem andado misturada a igreja com a política. Eu não vou dizer que a política é com a bíblia, porque essa mistura não existe. O que existe é a mistura da igreja, instituição, com políticos, com partidos. E por incrível que pareça, quem mais tem se envolvido nisso tem sido a camada evangélica, que, outrora, era bem resistente, embora tenha sido um dos pilares de sustentáculo a ditadura militar no Brasil, como também a igreja católica. Muitos padres apoiaram a ditadura militar. Hoje, o que nós temos visto é bancada evangélica em Brasília. E por incrível que pareça, é uma das mais corruptas que existe. É uma das que mais se envolve em esquema. Quem não se lembra do antigo ministro da educação do governo passado, onde ele se envolveu em esquema de corrupção, entre outras coisas mais. E era um pastor presbiteriano. Aí você vai ver, tem assembleianos e muitos, tem batistas, de todos os gostos, todas as denominações, há católicos. E o pior de tudo é quando se leva para dentro do templo, instituição, o discurso político. Eu me recordo que alguns anos atrás, eu fui a uma igreja aqui em Carpina, e cheguei lá, o pastor estava defendendo o candidato A, a bandeira do Brasil sobre o púlpito. E quando eu vi que não era pregação do Evangelho, era pregação política, eu me retirei. Eu me retirei. Eu acho que não existe comunhão entre as duas coisas. Na igreja nós queremos ouvir a palavra de Deus, nós queremos ter o conforto, e não chegar a políticos demagogos, e hoje o que mais temos é isso, políticos dentro das próprias denominações, usando demagogia, e aqueles que nunca foram evangélicos, se convertendo para angariar votos. Porque sabe que o Brasil hoje é uma das maiores nações evangélicas do mundo. Então isso é uma vergonha, isso particularmente me desanima, eu que tenho origem batista, isso me desanima até a ir para a igreja. Pois sabemos que muitos estão ali, mas fazendo no pé do ouvido, voto em A, voto em B, voto em C. Púlpito de igreja, na minha intenção, no meu entender. Altar de igreja é para pregação do Evangelho, e não se pode fazer propaganda nem de candidato A, nem de candidato B. Não é lugar para eles. Eles podem ir para ouvir o Evangelho, mas para assumir púlpito, para pastor ou padre pedir voto para A, B ou C, isso nunca. Podemos como cidadãos nos manifestar do lado de fora. É um direito, mas transformar o templo, o lugar de adoração a Deus, em palanque político, isso é tenebroso. Eu particularmente não aceito, mas infelizmente, é o que temos visto no Brasil inteiro. Lamentável. 

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